Sobre a peça todos os

cachorros são azuis

 

 

 

"Quem não sofre, não vive. Quem vive, come batata frita. O bom é que sempre tem batata frita para aliviar o fardo. Os dias são sempre iguais e vão se repetindo. Ninguém pede licença para entrar na minha vida, mas arruma sempre uma desculpa para sair". [Rodrigo de Souza Leão]

 

Baseado no livro homônimo de Rodrigo de Souza Leão (1965-2009), um dos 50 finalistas do Prêmio Portugal Telecom edição 2009, a peça faz um mergulho na mente complexa do jornalista, escritor e poeta falecido precocemente, aos 43 anos

 

ESTREIA: dia 9 de julho de 2011, às 21h

LOCAL: Teatro Municipal Maria Clara Machado – Planetário da Gávea/RJ

Rua Padre Leonel Franca, 240- Gávea/RJ  - Tel.: (21) 2274-7722 (estacionamento no local) 

HORÁRIOS: sábados às 21h e domingos às 20h

INGRESSOS: Inteira: R$30,00, R$15,00 (meia entrada) e R$10,00 (classe artística)

CAPACIDADE: 120 lugares

DURAÇÃO: 80 minutos

CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: 16 anos

TEMPORADA: de 10 de julho a 4 de setembro de 2011

 

Todos os cachorros são azuis, uma adaptação teatral do romance homônimo do jornalista, escritor e poeta Rodrigo de Souza Leão (1965-2009), estreia no próximo dia 9 de julho no Teatro Municipal Maria Clara Machado (Planetário da Gávea). A peça tem direção de Michel Bercovitch, e a dramaturgia é realizada por Flavio Pardal, Michel Bercovitch e Ramon Mello, com a colaboração de Manoela Sawitzki. Em cena, cinco atores — Bruna Renha, Camila Rhodi, Gabriel Pardal, Natasha Corbelino e Ramon Mello.

 

Extremamente inteligente, Rodrigo via a si mesmo com rara lucidez e tinha uma grande necessidade de comunicação com o mundo à sua volta. Essa necessidade, aliada à sua boa formação — era um ávido leitor — o levou a encontrar na escrita uma potente ferramenta para acessar as pessoas e ser compreendido. Todos os cachorros são azuis é um mergulho na mente do jornalista, escritor e poeta Rodrigo de Souza Leão [saiba mais em www.rodrigodesouzaleao.com.br], falecido em 02 de julho de 2009, aos 43 anos, após internação numa clínica psiquiátrica no Rio de Janeiro. Rodrigo sofria de esquizofrenia, mas sua consciência sobre a própria doença o tornava uma figura ímpar entre os seus iguais.

 

 

SINOPSE

 

Baseado em sua história pessoal, um esquizofrênico faz um relato comovente e ao mesmo tempo cheio de humor e autoironia sobre sua trajetória, desde sua internação em um hospício até a sua saída e a fundação de uma nova religião.

 

A MONTAGEM

 

Em cena, os cinco atores revelam as múltiplas facetas de um personagem esquizofrênico, inspirado em Rodrigo de Souza Leão. Além do próprio romance, elementos biográficos como poemas, cartas, fotografias de Souza Leão serviram de matéria-prima para construção das personagens.  Rui Cortez assina os figurinos e o cenário, este composto por grades modulares que são montadas e desmontadas de diferentes formas, remetendo aos ambientes hospitalar e carcerário. Ajudam a desenhar a cena a iluminação de Tomas Ribas e a direção musical de Rafael Rocha. A direção de movimento é de Paula Maracajá e a preparação vocal de Marly Brito. Elvira Rocha assina a direção de produção.

 

 

O PROJETO

 

O projeto é uma idealização do poeta Ramon Mello, que se encantou com o romance Todos os cachorros são azuis (7Letras, 2008) na época de seu lançamento. Trabalhando como repórter do Portal Literal, Ramon entrevistou Rodrigo [http://www.portalliteral.com.br/artigos/fragmentos-humanos-entrevista-com-rodrigo-de-souza-leao] e, desde então, passou a conversar frequentemente por telefone com o autor. Rodrigo tomou como hábito telefonar para Ramon semanalmente, às quintas-feiras, às 15h, horário do primeiro encontro.

 

Entre as conversas sobre literatura, Mello revelou o interesse de adaptar o romance de estreia de Souza Leão para o teatro. Imediatamente, Rodrigo liberou os direitos, enviando uma autorização para viabilizar a produção. No entanto, o projeto só se concretizou com o patrocínio do Oi Futuro, após a morte do autor, em 2009. Com esses recursos foi possível viabilizar o espetáculo e convidar Michel Bercovitch para assinar a direção.

 

 

LIVRO INÉDITO E EXPOSIÇÃO DE TELAS E POEMAS

 

Desde então, Ramon Mello foi convidado pela família Souza Leão para ser o curador da obra de Rodrigo, e não tem medido esforços para lançar luz sobre a obra, cujos inéditos estão sendo publicados pela Editora Record. Junto à estreia da peça, haverá o lançamento do livro póstumo O Esquizóide — coração na boca (Ed. Record, 2011) de Rodrigo de Souza Leão.

 

O escritor, que frequentou aulas de artes plásticas na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, deixou cerca de 40 telas que retratam o universo onírico de seu inconsciente. Para o final de 2011, está agendada a exposição das telas e poemas de Rodrigo de Souza Leão no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.

 

Além disso, o acervo de Rodrigo de Souza Leão será doado ao Arquivo-Museu de Literatura Brasileira da Fundação Casa de Rui Barbosa.

 

 

FICHA TÉCNICA

 

Direção: Michel Bercovitch

Dramaturgia: Flavio Pardal, Michel Bercovitch e Ramon Mello

Colaboração de Manoela Sawitzki

Elenco: Bruna Renha, Camila Rhodi, Gabriel Pardal, Natasha Corbelino e Ramon Mello

Assistência de Direção: Flavio Pardal

Direção de Arte: Rui Cortez

Direção de Movimento: Paula Maracajá

Preparação Vocal: Marly Brito

Iluminação: Tomas Ribas

Direção Musical: Rafael Rocha

Produção Musical: Rafael Rocha, Rodrigo Coelho e Isabel Meirelles

Direção de Produção: Elvira Rocha

Idealização/Coordenação Geral: Ramon Mello

Realização: Lavínia Filmes

Assessoria de Imprensa: JSPontes Comunicação – João Pontes e Stella Stephany

 

 

RODRIGO DE SOUZA LEÃO [www.rodrigodesouzaleao.com.br]

Escritor e jornalista, Rodrigo de Souza Leão nasceu no Rio de Janeiro, em 4 de novembro de 1965. Publicou dez e-books de poesia: 25 Tábuas, No Litoral do Tempo, Síndrome, Impressões sob Pressão Alta, Na Vesícula do Rock, Miragens Póstumas, Meu Primeiro Livro que é o Segundo, Uma temporada nas Têmporas, O Bem e o Mal Divinos, Suorpicious Mind e Omar. Seus poemas foram publicados nas revistas Coyote, Et Cetera, Poesia Sempre, El Piez Naufrago (México), Oroboro. Premiado com o 4º lugar no Concurso de Contos José Cândido de Carvalho, em 2002. Publicou Há Flores na Pele (João Pessoa: Editora Trema, 2001) e Todos os Cachorros são Azuis (Rio de Janeiro: Editora 7Letras, 2008), com incentivo do Programa Petrobrás Cultural – Edição 2006/2007. O livro foi um dos 50 finalistas do Prêmio Portugal Telecom, edição 2009. Em 2008, publicou também a plaquete Desequilivro, de poesia visual, em parceria com Paulo de Toledo. Em 2009 foi a vez de Caga-Regras (Pará de Minas: Virtual Books). Fundador e coeditor da Zunái — Revista de Poesia & Debates [www.revistazunai.com]. Criou o site Caox [hoje fora do ar] e veiculou o e-zine Balacobaco [http://balacobaco08.vilabol.uol.com.br], com entrevistas com mais de 150 poetas e escritores. Editou o blogue Lowcura [http://lowcura.blogspot.com], que participou da mostra Blooks — Tribos & Letras na Rede (coordenação de Heloísa Buarque de Holanda e curadoria de Bruna Beber e Osmar Salomão, 2007). Sob o pseudônimo de Romina Conti, foi uma das Escritoras Suicidas [www.escritorassuicidas.com.br]. Escreveu artigos e resenhas para os jornais "O Globo" e "Jornal do Brasil". A editora Record, responsável pela publicação da obra inédita de Rodrigo de Souza Leão, publicou em 2010 o romance Me roubaram uns dias contados. Para 2012, está programada a publicação do livro Carbono Pautado.

 

RAMON MELLO

Ramon Mello é poeta, jornalista e ator — formado pela Escola Estadual de Teatro Martins Pena. Como repórter entrevistou mais de 120 escritores brasileiros. Organizou Escolhas (Língua Geral, 2009), autobiografia intelectual da professora Heloísa Buarque de Hollanda. Pesquisou e coorganizou Enter, antologia digital (2009). Participou das antologias Como se não houvesse amanhã — 20 contos inspirados em letras da Legião Urbana (Record, 2010), Rio-Haiti, 101 histórias (Garimpo Editorial, 2010), Liberdade até agora (Móbile Editoral, 2011). É autor do livro de poemas Vinis mofados (Língua Geral, 2009) e responsável pela obra do poeta Rodrigo de Souza Leão, falecido em 2009. Mantém o blogue Sorriso do Gato de Alice [http://sorrisodogatodealice.blogspot.com/].

 

 

MICHEL BERCOVITCH

Fez seus primeiros estudos de teatro em 1982 com Miguel Falabella, onde participou de diversas montagens do TACA (Teatro Amador do Colégio Andrews). Frequentou os cursos de Carlos Wilson, no Tablado em 1986, e ali atuou, no papel de Hänschen Rilow, em O despertar da primavera, de Frank Wedekind, dirigido por Cacá Mourthé, tendo participado, de Quatro meninas, adaptação teatral do romance Little Women, de Louisa May Alcott, Odisséia, de Homero, e Van Gogh, de João Uchoa, no Teatro dos Quatro, todas dirigidas por Carlos Wílson. Em 1988, atuou em Camaleão na lua, de Maria Clara Machado. No ano seguinte, integrou o elenco de Os doze trabalhos de Hércules, adaptação da obra de Monteiro Lobato. Em 1989-1990, esteve matriculado no Programa para Estudantes Estrangeiros da Universidade de Tel Aviv, onde fez cursos de teatro e literatura dramática, entre outros. De volta ao Rio, atuou em Romeu e Julieta, de William Shakespeare, que comemorava os quarenta anos do Tablado. Em 1992, foi, juntamente com Marcelo Serrado, Oberdan Junior e Selton Mello, produtor de Os meninos da Rua Paulo, de Ferenc Molnar, dirigida por Ricardo Kosovski. Professor de teatro desde 1990, no Colégio Divina Providência, em seguida no Teatro de Bolso (1991), no Teatro Ipanema (1992-1993), no Café-Teatro Othon (1993), no Centro Laban de Artes do Movimento, e também na Oficina de Artes. Em 1993, dirigiu montagem experimental de Sonho de uma noite de verão, de William Shakespeare, foi assistente de direção de Antônio Abujamra em O inferno são os outros (Huis clos), de Jean-Paul Sartre. Em 1994 estreou com Felipe Martins a co-direção de O despertar da primavera, de Frank Wedekind. Em 1995 e 96 dirigiu no projeto Prática 95 os seguintes espetáculos: O beijo no asfalto, de Nelson Rodrigues; O pagador de promessas, de Dias Gomes e Sonho de uma noite de verão, de Shakespeare. Recebeu onze indicações ao Prêmio Festival de Teatro do Rio de Janeiro. Em 1996, atuou no espetáculo O jovem Törless, de Robert Musil, dirigido por Ivone Hofmann. Nesse mesmo ano, fundou a Companhia Prática de Teatro, e o espaço Aquário, espaço cultural. A Companhia estreou O despertar da primavera em 1996, no Teatro Ipanema. Em 1997, dirigiu Nossa cidade, de Thorton Wilder e Titus Andronicus, de Shakespeare. Em 1998, dirigiu e atuou na montagem da peça Muito barulho por nada, de Shakespeare. Em 1999, dirigiu o espetáculo O zelador, de Harold Pinter, quando foi indicado ao Prêmio Shell de melhor diretor e ganhou o Prêmio Bravo! Revelação 99. Em 2001, estreou Viagem ao centro da Terra, espetáculo itinerante no qual trabalhou como diretor-assistente. O espetáculo foi vencedor na categoria especial do Prêmio Shell neste ano. Colocou em cartaz no Teatro Ipanema e em seguida no Teatro Gláucio Gill, a direção e produção do espetáculo infantil As Aventuras de Tom Sawyer. O espetáculo recebeu os prêmios Maria Clara Machado de Teatro infantil de melhor adaptação, melhor atriz e melhor espetáculo. Em televisão, participou das novelas Perigosas Peruas e O Rei do gado, e na minissérie Chiquinha Gonzaga, da TV Globo. Também participou como ator do filme Woman on Top, com direção de Fina Torres e produção da Fox. Em 2002, atuou no filme Lost Zweig, de Silvio Back e integrou o elenco de Casa de Boneca, de Ibsen, com direção de Aderbal Freire-Filho. Dirigiu a peça Réveillon, de Flávio Márcio, e o novo espetáculo infantil da Cia. Prática de Teatro, A Jornada do Rei Artur. Em 2003, esteve em cartaz como ator no espetáculo Zastrozzi, de George Walker, dirigido por Daniel Herz e Selton Mello e também com a direção de O cara que dançou comigo, de Mário Bortolotto. Em 2004, dirigiu as montagens de Assim é se lhe Parece, de Luigi Pirandello e Jogos de Massacre, de Eugène Ionesco, além de participar da turnê nacional de O Zelador. Em 2005, estreou em seu primeiro longa metragem, Cabra Cega, de Toni Venturi, grande vencedor do Festival de Brasília. Filmou Desafinados, de Walter Lima Junior, no papel de Leon. Em 2005, participou do grande sucesso de Walcyr Carrasco, a novela Alma Gêmea, no papel de Ciro. Também em 2005, dirigiu a peça Jogos na hora da sesta, de Roma Mahieu, que cumpriu temporada no Teatro do Leblon. Em 2006, dirigiu o espetáculo, Beijo no Asfalto, de Nelson Rodrigues, na casa de Cultura Laura Alvim, e que também esteve em cartaz em São Paulo e Campinas. Em 2007, foi diretor do premiado texto de Walcyr Carrasco, Êxtase, que realizou turnê pelo país. Participou da novela Paixões Proibidas, da Rede Bandeirantes e dirigiu a peça Hedda Gabler, de Ibsen, no SESC de Copacabana. Participou do longa de Walter Lima, Desafinados, no papel de Leon. Em 2008, dirigiu o espetáculo Boca de Cowboy. Em dezembro, participou de Os Óculos de Pedro Antão, adaptação do conto de Machado de Assis, pela Record. Em 2009, participou do filme Uma professora bem Maluquinha, de Ziraldo e esteve em cartaz na peça Confronto, de Domingos Oliveira, Luiz Eduardo Soares e Márcia Zanelatto, adaptação do livro Elite da Tropa, de Luiz Eduardo Soares. O espetáculo cumpriu temporada no SESC Copacabana. Estreou também a peça Gorda, de Neil Labute, no papel de Tony, pelo qual foi indicado ao Prêmio Shell de melhor ator de 2009. A peça fez sua temporada carioca no Teatro das Artes e depois em 2010 seguiu para São Paulo, no Teatro Procópio Ferreira e depois realizou turnê pelo Brasil. Também em 2010, foi Marcelo Estrada na novela Escrito nas Estrelas. Também dirigiu no SESC Copacabana a peça África, de Vicente Sanchez. A convite de Ramon Mello, assina a direção do espetáculo Todos os cachorros são azuis (adaptação do romance homônimo do poeta Rodrigo de Souza Leão) que estreia no Teatro Municipal Maria Clara Machado (Planetário da Gávea). Atualmente, está no ar em Morde & Assopra, novela das sete da Rede Globo, de Walcyr Carrasco.

 

 

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