josé maria dias da cruz
talvez
um verde, um roxo variações
de canções clássicas algum
Beethoven no canto e uma
chuva de flores tão belas que
sinto seu olfato só de ver e o
perfume vai me inebriando tanto
que meus olhos se perdem encontrando
na forma perfeita José
e sua cor eleita em sonho VÓRTICE ciclone
de cores mar
calmo e abóbora rio
de azuis tudo
em diversos cadinhos na
alquimia do geômetra Z1 círculo
amarelo e negro cavalo
sem crina cavalgam
as cores no rio vermelha
margem surge o Nada
naufraga no nada * pera
bule xícara um
mar em baixo um
p de pincel e a mesa está posta
* um
spot negro iluminando
o bege verde
e rosa cingindo todo
aquele silêncio: cinema * duas
montanhas sobre o bege dois
amores que se olham quem
sabe o infinito é muito
mais que o horizonte JOSÉ
MARIA DIAS DA CRUZ cores
muitas cores gentes carros muito
azul vermelho e roxo toda
a cor sem fazer o esforço de
ser cor com todo o gosto assim
felizes estão todos como
eu num riso frouxo toda
a engrenagem se devora e a
tela vira aurora. Como se por
toda a vida fosse foice ser
um horizonte ser inquieto um
retrato no deserto. Iluminando a luz
do solo. O completo e o repleto que
se expande como um gigante ser
pra sempre como flor não
ser comum sendo uma cor JM tanta
cor que inunda o mundo e
o azul é tanta cor que quase pode
ser uma piscina cheia de tintas
multicoloridas em harmonia cai
uma cascata de vermelho sobre o
que poderia ser uma forma, mas são
várias formas numa fôrma a
tempestade que nasce no horizonte cinzam
estrelas brancas e roxas e
o vermelho sangue não derrama a sutileza enfim
quando se encontram o poeta e o pintor a
coloração do azul se aprofunda em terno
céu
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